Cartografia: Um
resumo sobre os principais aspectos
O que é a
cartografia?
cartografia
Localizar-se e
orientar-se no espaço sempre foi uma preocupação do ser humano. No início, era
pela necessidade, por exemplo, de se buscar abrigo e alimentos; atualmente,
quando temos a necessidade de se chegar a um lugar desconhecido, basta lembrar
quantas vezes a frase “Por favor, como faço chegar em tal rua?” já foi ouvida.
A cartografia é a ciência responsável por pensar, elaborar e estudar os mapas.
É importante ter em
mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual
adequada a um tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas
representações guarda a visão de quem a elaborou; por exemplo, o continente
americano poderia ser representado de lado, transformando sua representação na
figura de um pato, como circulou na internet semanas atrás.
cartografia
Representação da
América que circulou na internet há algumas semanas atrás.
Portanto, é preciso
identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é
localizar um país, o ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre; se o
objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a planta da cidade.
Neste sentido, é importante compreender alguns aspectos relacionados à
cartografia.
Coordenadas
Geográficas
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O globo terrestre é
dividido por um conjunto de linhas imaginárias que se cruzam e permitem que
qualquer ponto da superfície terrestre seja localizado. Essas linhas determinam
a latitude e a longitude, que, em conjunto, são chamadas de coordenadas
geográficas.
A Linha do Equador é
o círculo máximo da esfera e é traçado na horizontal, dividindo a Terra em
hemisfério Norte e hemisfério Sul. É a partir da Linha do Equador que se
originam os paralelos, que, à medida que se afastam, tanto para norte quanto
para o sul, diminuem de diâmetro.
Os paralelos são
medidos em graus de distância em relação à Linha do Equador; esta distância é
chamada de latitude e varia de 0° (Linha do Equador) a 90° (polos), tanto para
o Norte quanto para o Sul. Mas, para localizar um ponto, não basta apenas saber
sua latitude. Por exemplo, quando falamos que um ponto se encontra na latitude
30° ao norte do Equador, encontraremos infinitos pontos ao longo deste
paralelo, pois um paralelo é um círculo paralelo à Linha do Equador.
Já a longitude é
identificada a partir das linhas traçadas perpendicularmente aos paralelos. São
chamadas de meridianos. O meridiano 0º é o Meridiano de Greenwich, que ele
divide a Terra em dois hemisférios, o Ocidental (a oeste) e o Oriental (a
leste). É a partir deste meridiano que todos os outros são medidos, de 15 em 15
graus, ou seja, existe o meridiano 15°, o meridiano 30°, 45°, 60°… até chegar
ao meridiano 180°, tanto para leste quanto para oeste.
A partir daí,
qualquer ponto sobre a superfície terrestre é identificável se fornecidos a
latitude e a longitude, coordenadas resultantes do cruzamento das linhas
imaginárias – os paralelos e os meridianos.
Fusos horários
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Os fusos horários
representam a mudança de hora à medida que mudamos de um fuso para outro. Ao
dividir os 360° da esfera terrestre por 24 horas (duração do movimento de
rotação da Terra, que faz com que existam dias e noites), temos como resultado
15°; ou seja, cada fuso possui 15° e cada um desses fusos possui uma hora
dentro das 24 horas que a Terra necessita para o movimento de rotação.
Todas regiões que se
encontram dentro de um mesmo fuso possuem o mesmo horário. Contudo, pelo fato
dos fusos não considerarem as divisões político-administrativas como, por
exemplo, países, cidades, estados e outros, foram feitas algumas adaptações
para unificar o horário de uma mesma unidade político-administrativa. Um
exemplo disso é o Brasil, que possuía 4 fusos mas adotou apenas 3 fusos.
Escalas
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Para a representação
em um plano de uma estrutura de grandes dimensões, como a Terra, é necessário
que haja uma correspondência entre as dimensões reais e as dimensões da
representação no papel. Essa correspondência é feita pela escala. A escala
expressa em números o quanto algo real foi reduzido para caber no papel ou na
tela do computador, por exemplo.
A escala é
considerada pequena quando os elementos reais foram muito reduzidos, o que
acontece quando se representa áreas muito grandes, e considerada grande quando
os elementos reais não foram muitos reduzidos, o que acontece quando se
representa áreas pequenas. Por exemplo, localizar uma rua em um mapa-múndi é
impossível, pois a escala de uma mapa-múndi é pequena: seus elementos reais
foram muitos reduzidos para caber no papel, tão reduzidos que nem aparecem no
mapa. Portanto, para localizar a tal rua, seria necessário se utilizar um mapa
de escala grande.
Há uma fórmula
utilizada quando se quer descobrir a escala de um mapa, ou a distância real de
uma área representada, ou a distância no mapa: é a fórmula E = D/d.
Projeção
cartográfica
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A projeção
cartográfica é resultante de um conjunto de operações que permitem que a
superfície esférica (a Terra) seja representada em um plano. Contudo, para que
isso seja possível, ocorrem algumas distorções – nas áreas, nas formas ou nas
distâncias da superfície terrestre –, sendo necessário escolher a projeção mais
adequada a cada tipo de situação.
As projeções se
dividem segundo a relação entre o real (Terra) e o plano em:
Conformes: nela, os
ângulos são mantidos idênticos, tanto na esfera quanto no plano e as áreas são
deformadas.
Equivalentes: nela,
as áreas se apresentam idênticas e os ângulos são deformados.
Equidistantes (ou
Afiláticas): nela, tanto as áreas quanto os ângulos se apresentam deformados.
As projeções se
dividem segundo a superfície de contato em:
Cilíndrica: nesta
projeção, a Terra parece ser envolvida por um cilindro de papel, em que são
projetados os paralelos e os meridianos. Depois de projetadas estas linhas
imaginárias, o cilindro é aberto ao longo de um meridiano.
Cônica: a superfície
da Terra é representada sobre um plano em forma de cone, em que os paralelos
formam círculos concêntricos, ou seja, um dentro do outro, sendo o menor
representado pelo polo, Norte ou Sul, e o maior a Linha do Equador, o paralelo
0º. Nesta projeção, à medida que se afasta do paralelo de contato com o cone,
as distorções aumentam.
Azimutal (ou Plana):
nessa projeção, a superfície terrestre é representada em um plano que tangencia
um dos polos. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos formam
ângulos retos partindo do polo. As deformações nesta projeção aumentam conforme
se afasta do polo.
Cartografia temática
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A cartografia
temática busca trazer para os mapas dados qualitativos e quantitativos
adquiridos pela Geografia e outras ciências, expressando-os de forma gráfica.
Ou seja, ela se preocupa em apresentar os dados com a precisão gráfica que cabe
à cartografia básica, facilitando a tomada de decisões ao auxiliar na
compreensão dos temas – sociais e naturais – que compõem o espaço geográfico.
Para apresentar
estes dados, a cartografia temática faz uso de pontos, linhas, áreas, símbolos
e cores que permitem melhor visualizar um fenômeno. A representação da
distribuição de recursos minerais e energéticos no Brasil e a distribuição da
população no território brasileiro são alguns dos temas que são apresentados
pela cartografia temática.
Tecnologias
aplicadas à cartografia
cartografia
Cabe destacar o
papel das novas tecnologias aplicadas à cartografia, como, por exemplo, os
satélites, o GPS, e outros. Esses instrumentos possibilitam que a coleta e o
processamento de informações sobre o espaço geográfico sejam mais rápidos de
serem obtidos e, em alguns casos, com custos menos elevados. Confira algumas
destas novas técnicas:
Sensoriamento
Remoto: é a obtenção de imagens a partir de scanners de satélites, radares e
equipamentos fotográficos. Ou seja: é a captação e registro de imagens a longa
distância. Podem ser obtidas imagens de florestas, cidades, nuvens e outros.
Sistema de
posicionamento global (GPS): Desenvolvido na época da Guerra Fria, o GPS aponta
com precisão a localização de um objeto ou pessoa. Entre suas utilizações,
encontra-se o direcionamento em ruas e rodovias quando instalados em
automóveis.
https://descomplica.com.br/blog/geografia/resumo-cartografia/
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