sábado, 23 de fevereiro de 2019

CARTOGRAFIA - 1° ANO - 1Bimestre


Cartografia: Um resumo sobre os principais aspectos

O que é a cartografia?
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Localizar-se e orientar-se no espaço sempre foi uma preocupação do ser humano. No início, era pela necessidade, por exemplo, de se buscar abrigo e alimentos; atualmente, quando temos a necessidade de se chegar a um lugar desconhecido, basta lembrar quantas vezes a frase “Por favor, como faço chegar em tal rua?” já foi ouvida. A cartografia é a ciência responsável por pensar, elaborar e estudar os mapas.

É importante ter em mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual adequada a um tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas representações guarda a visão de quem a elaborou; por exemplo, o continente americano poderia ser representado de lado, transformando sua representação na figura de um pato, como circulou na internet semanas atrás.

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Representação da América que circulou na internet há algumas semanas atrás.

Portanto, é preciso identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é localizar um país, o ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre; se o objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a planta da cidade. Neste sentido, é importante compreender alguns aspectos relacionados à cartografia.

Coordenadas Geográficas
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O globo terrestre é dividido por um conjunto de linhas imaginárias que se cruzam e permitem que qualquer ponto da superfície terrestre seja localizado. Essas linhas determinam a latitude e a longitude, que, em conjunto, são chamadas de coordenadas geográficas.

A Linha do Equador é o círculo máximo da esfera e é traçado na horizontal, dividindo a Terra em hemisfério Norte e hemisfério Sul. É a partir da Linha do Equador que se originam os paralelos, que, à medida que se afastam, tanto para norte quanto para o sul, diminuem de diâmetro.

Os paralelos são medidos em graus de distância em relação à Linha do Equador; esta distância é chamada de latitude e varia de 0° (Linha do Equador) a 90° (polos), tanto para o Norte quanto para o Sul. Mas, para localizar um ponto, não basta apenas saber sua latitude. Por exemplo, quando falamos que um ponto se encontra na latitude 30° ao norte do Equador, encontraremos infinitos pontos ao longo deste paralelo, pois um paralelo é um círculo paralelo à Linha do Equador.

Já a longitude é identificada a partir das linhas traçadas perpendicularmente aos paralelos. São chamadas de meridianos. O meridiano 0º é o Meridiano de Greenwich, que ele divide a Terra em dois hemisférios, o Ocidental (a oeste) e o Oriental (a leste). É a partir deste meridiano que todos os outros são medidos, de 15 em 15 graus, ou seja, existe o meridiano 15°, o meridiano 30°, 45°, 60°… até chegar ao meridiano 180°, tanto para leste quanto para oeste.

A partir daí, qualquer ponto sobre a superfície terrestre é identificável se fornecidos a latitude e a longitude, coordenadas resultantes do cruzamento das linhas imaginárias – os paralelos e os meridianos.

Fusos horários
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Os fusos horários representam a mudança de hora à medida que mudamos de um fuso para outro. Ao dividir os 360° da esfera terrestre por 24 horas (duração do movimento de rotação da Terra, que faz com que existam dias e noites), temos como resultado 15°; ou seja, cada fuso possui 15° e cada um desses fusos possui uma hora dentro das 24 horas que a Terra necessita para o movimento de rotação.

Todas regiões que se encontram dentro de um mesmo fuso possuem o mesmo horário. Contudo, pelo fato dos fusos não considerarem as divisões político-administrativas como, por exemplo, países, cidades, estados e outros, foram feitas algumas adaptações para unificar o horário de uma mesma unidade político-administrativa. Um exemplo disso é o Brasil, que possuía 4 fusos mas adotou apenas 3 fusos.

Escalas
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Para a representação em um plano de uma estrutura de grandes dimensões, como a Terra, é necessário que haja uma correspondência entre as dimensões reais e as dimensões da representação no papel. Essa correspondência é feita pela escala. A escala expressa em números o quanto algo real foi reduzido para caber no papel ou na tela do computador, por exemplo.

A escala é considerada pequena quando os elementos reais foram muito reduzidos, o que acontece quando se representa áreas muito grandes, e considerada grande quando os elementos reais não foram muitos reduzidos, o que acontece quando se representa áreas pequenas. Por exemplo, localizar uma rua em um mapa-múndi é impossível, pois a escala de uma mapa-múndi é pequena: seus elementos reais foram muitos reduzidos para caber no papel, tão reduzidos que nem aparecem no mapa. Portanto, para localizar a tal rua, seria necessário se utilizar um mapa de escala grande.

Há uma fórmula utilizada quando se quer descobrir a escala de um mapa, ou a distância real de uma área representada, ou a distância no mapa: é a fórmula E = D/d.

Projeção cartográfica
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A projeção cartográfica é resultante de um conjunto de operações que permitem que a superfície esférica (a Terra) seja representada em um plano. Contudo, para que isso seja possível, ocorrem algumas distorções – nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre –, sendo necessário escolher a projeção mais adequada a cada tipo de situação.

As projeções se dividem segundo a relação entre o real (Terra) e o plano em:

Conformes: nela, os ângulos são mantidos idênticos, tanto na esfera quanto no plano e as áreas são deformadas.
Equivalentes: nela, as áreas se apresentam idênticas e os ângulos são deformados.
Equidistantes (ou Afiláticas): nela, tanto as áreas quanto os ângulos se apresentam deformados.
As projeções se dividem segundo a superfície de contato em:

Cilíndrica: nesta projeção, a Terra parece ser envolvida por um cilindro de papel, em que são projetados os paralelos e os meridianos. Depois de projetadas estas linhas imaginárias, o cilindro é aberto ao longo de um meridiano.
Cônica: a superfície da Terra é representada sobre um plano em forma de cone, em que os paralelos formam círculos concêntricos, ou seja, um dentro do outro, sendo o menor representado pelo polo, Norte ou Sul, e o maior a Linha do Equador, o paralelo 0º. Nesta projeção, à medida que se afasta do paralelo de contato com o cone, as distorções aumentam.
Azimutal (ou Plana): nessa projeção, a superfície terrestre é representada em um plano que tangencia um dos polos. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos formam ângulos retos partindo do polo. As deformações nesta projeção aumentam conforme se afasta do polo.
Cartografia temática

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A cartografia temática busca trazer para os mapas dados qualitativos e quantitativos adquiridos pela Geografia e outras ciências, expressando-os de forma gráfica. Ou seja, ela se preocupa em apresentar os dados com a precisão gráfica que cabe à cartografia básica, facilitando a tomada de decisões ao auxiliar na compreensão dos temas – sociais e naturais – que compõem o espaço geográfico.

Para apresentar estes dados, a cartografia temática faz uso de pontos, linhas, áreas, símbolos e cores que permitem melhor visualizar um fenômeno. A representação da distribuição de recursos minerais e energéticos no Brasil e a distribuição da população no território brasileiro são alguns dos temas que são apresentados pela cartografia temática.

Tecnologias aplicadas à cartografia
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Cabe destacar o papel das novas tecnologias aplicadas à cartografia, como, por exemplo, os satélites, o GPS, e outros. Esses instrumentos possibilitam que a coleta e o processamento de informações sobre o espaço geográfico sejam mais rápidos de serem obtidos e, em alguns casos, com custos menos elevados. Confira algumas destas novas técnicas:

Sensoriamento Remoto: é a obtenção de imagens a partir de scanners de satélites, radares e equipamentos fotográficos. Ou seja: é a captação e registro de imagens a longa distância. Podem ser obtidas imagens de florestas, cidades, nuvens e outros.
Sistema de posicionamento global (GPS): Desenvolvido na época da Guerra Fria, o GPS aponta com precisão a localização de um objeto ou pessoa. Entre suas utilizações, encontra-se o direcionamento em ruas e rodovias quando instalados em automóveis.


https://descomplica.com.br/blog/geografia/resumo-cartografia/

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