Teorias Demográficas
As principais teorias
demográficas são: a malthusiana, a neomalthursiana, a reformista e a transição
demográfica.
Essas teorias são
instrumentos utilizados para o crescimento da população. Entre os fatores
considerados estão o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.
Teoria Malthusiana
Elaborada por Thomas Malthus
em 1798, essa teoria indica dois postulados:
Primeiro postulado de Malthus
As guerras, desastres
naturais e epidemias são um meio de controle do crescimento desordenado da
população. Na falta de qualquer um desses eventos, a população tenderia a
duplicar no período de 25 anos.
Malthus explica que o
crescimento seria em progressão geométrica: 2,4,8,16,32. E esse crescimento
ocorreria sem parar.
Segundo postulado de Malthus
Enquanto a população
cresceria de maneira geométrica, a oferta de alimentos só ocorreria em
progressão aritmética: 2,4,6,8,10. Ou seja, não haveria alimentos para todos. A
principal consequência seria a fome.
Para Malthus, além da escassa
oferta de alimentos, era considerado o limite territorial. O teórico, haveria
um momento em que toda a área agricultável do planeta estaria ocupada. E, com a
população crescendo sem nenhuma forma de controle, o Planeta entraria em
colapso sem alimentos.
Como forma de evitar o
problema, Malthus sugeriu que as pessoas tivessem filhos somente se pudessem
ter áreas agricultáveis para o suportar. Ele era um pastor anglicano e, na
época, contra a aplicação de métodos anticoncepcionais. Por isso, seu conselho
foi denominado sujeição moral.
Crítica à teoria
Na época em que foi
elaborada, a teoria de Malthus resultou da observação de uma limitada área de
comportamento rural. Não foi prevista a urbanização, a tecnologia aplicada à
produção de alimentos e a distribuição irregular das riquezas do Planeta.
Teoria Neomalthusiana
Essa teoria aponta que uma
população jovem e em elevada quantidade necessita de pesados investimentos em
educação e saúde. Em consequência, cai a oferta de recursos para a produção de
alimentos.
A teoria neomalthusiana
defende que quanto maior o número de habitantes, menor a possibilidade de
distribuição de renda.
Os postulados dessa teoria
foram discutidos a primeira vez no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Na
conferência de paz que deu origem à ONU (Organização das Nações Unidas), foram
discutidas as estratégias para evitar uma nova guerra.
Os participantes concluíram
que somente a paz pode reduzir as desigualdades. Nesse contexto, houve a
tentativa de explicar a fome nos países pobres com a elaboração da teoria
neomalthusiana.
Críticas
Embora mais evoluída, a
teoria neomalthusiana tem a mesma base teoria de Malthus, que aponta o excesso
populacional como responsável pela escassez de alimentos.
Teoria Reformista
Essa teoria é uma inversão
das duas anteriores. Ela defende que é preciso enfrentar os problemas sociais e
econômicos para que exista o controle espontâneo de natalidade.
O número de filhos cai à
medida em que as famílias são atendidas com serviços de melhor qualidade e
elevam o padrão de vida.
As conclusões foram retiradas
de países desenvolvidos, com elevada população jovem e onde as taxas de natalidade
caíram de maneira espontânea sem nenhum dos eventos citados por Malthus. Também
nesses países não foram verificados os princípios da teoria neomalthusiana
porque os jovens tinham acesso a emprego e, em consequência, a produção de
alimentos era adequada e suficiente.
Teoria da Transição Demográfica
Elaborada em 1929, essa
teoria aponta que o crescimento da população passa a ser equilibrado a partir
da redução das taxas de natalidade e mortalidade.
Essa teoria é dividida em
três fases:
1-
Fase pré-industrial
Nessa fase, havia baixos
índices de crescimento vegetativo em consequência de condições sanitárias
inadequadas, guerras, fome, doenças, entre outros.
2-
Fase Transicional
Como consequência da
Revolução Industrial, há também maior investimento em pesquisa médica e grande
crescimento populacional. A natalidade passa a cair à medida em que o acesso à
tecnologia cresce.
3-
Fase Evoluída
Equilíbrio demográfico bom
baixas taxas de natalidade e mortalidade. Foi alcançada pelos países
desenvolvidos.
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