segunda-feira, 2 de setembro de 2019

2º ANO - TEXTO PARA REFLEXÃO - 3º BM


O poder dos Brics: conheça os países que formam o grupo
04/09/2017 - 19H51 - ATUALIZADA ÀS 19H54 - POR DANIELA FRABASILE
O nome foi criado em 2001, quando o economista Jim O’Neill usou a sigla Bric para designar as economias que mais deveriam crescer no futuro. Na época, ele alertava que as economias emergentes cresceriam a taxas mais aceleradas do que as maiores economias do mundo. Brasil, Rússia, Índia e China então ganharam destaque nas discussões sobre o mercado global e passaram a representar o crescimento dos países emergentes. Na época, os PIBs dos BRIC, somados, equivaliam a 8% da economia global — hoje esse número chega a 22%. A África do Sul só se juntou ao grupo em 2011, quando a sigla foi atualizada para o Brics atual.
Muita coisa mudou até agora. Uma crise global em 2008 criou um obstáculo a mais para o crescimento de todos os países. Brasil e Rússia passaram por importantes crises internas e o avanço da China vem se desacelerando. Mas, apesar disso, o grupo, que antes era apenas uma sigla, formou-se na prática e criou um banco próprio para investimentos.
Nesta semana, os líderes dos Brics estão reunidos em Xiamen, no Sul da China. O encontrou, que começou no domingo (03/09), termina nesta terça-feira (05/09).
Veja algumas informações sobre os países que compõem o grupo.
Crescimento econômico
Em 2001, a China era a sexta maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. Hoje, segundo o Banco Mundial, o gigante asiático é a segundo maior economia, com PIB de US$ 11 trilhões, atrás apenas dos EUA (US$ 18 trilhões). Apesar de estar ainda muito atrás do primeiro colocado, o tamanho da economia chinesa vai muito além da japonesa, que está em terceiro lugar na lista e tem um PIB de US$ 4,4 trilhões.
A Índia, que no início do século ficava em décimo lugar na lista das economias mais fortes, avançou e ficou em sétimo. O Brasil se manteve em nono lugar, com PIB equivalente a US$ 1,8 trilhão em 2016. A Rússia, que em 2001 era a décima primeira maior economia, agora está em 12º lugar.
Projeção de crescimento
Em crescimento esperado para os próximos anos, a Índia toma a dianteira. Segundo projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB do país deve crescer 7,2% em 2017 e 7,7% em 2018. A China tem o crescimento esperado de 6,7% neste ano e de 6,4% no ano que vem.
Após anos de queda, o Brasil deve crescer 0,3% neste ano, na projeção do FMI, e 1,3% no ano que vem. A Rússia, que via sua economia encolher nos últimos anos, deve crescer 1,4% em 2017 e em 2018. Já a África do Sul deve reportar uma alta de 1% neste ano e de 1,2% no ano que vem.
Em 2050
De acordo com as projeções da PwC, as economias emergentes de hoje serão maioria na lista de maiores do mundo em 2050. Com exceção dos Estados Unidos, países desenvolvidos, como Japão e Alemanha, terão recuado nos rankings globais até 2050, sendo substituídos por Índia, Indonésia, Brasil, México e Rússia. Diferente do ranking do Banco Mundial, porém, a PwC faz seu levantamento considerando a Paridade de Poder de Compra (PPC).

Veja a lista das dez maiores economias em 2050, de acordo com a PwC:
1. China — US$ 58,499 trilhões
2. Índia — US$ 44,128 trilhões
3. Estados Unidos— US$ 34,102 trilhões
4. Indonésia — US$ 10,502 trilhões
5. Brasil — US$ 7,540 trilhões
6. Rússia — US$ 7,131 trilhões
7. México — US$ 6,863 trilhões
8. Japão — US$ 6,779 trilhões
9. Alemanha — US$ 6,138 trilhões
10. Reino Unido— US$ 5,369 trilhões
População
Em 2014, os Brics fizeram um levantamento com dados sobre suas economias e suas populações. Com 1,3 bilhão de pessoas, a China é o país mais populoso do grupo, seguido pela Índia (1,2 bilhão). O Brasil fica em terceiro lugar, com 201 milhões de habitantes. A Rússia tem 144 milhões, deixando a África do Sul em último lugar, com 52 milhões.
O Brasil é o país que tem o maior percentual da população morando nas cidades. Por aqui, mais de 85% da população é urbana. Na Rússia, 74% das pessoas moram em cidades. Na China, essa proporção cai para 54%. Já na Índia a maior parte da população, 70%, ainda vive no campo.
Gasto em saúde e educação
No mesmo relatório, os Brics compararam os gastos anuais com saúde e educação, em percentual do PIB. Os dados são de 2011 a 2013, dependendo do país. O país que mais investe em educação é a África do Sul, que gasta 6,8% de seu PIB na pasta. O Brasil fica em segundo lugar, com 5,3%. Rússia e China ficam empatadas, com 4,3%. O investimento do governo indiano em educação equivale a 3,3% do PIB do país.
Já na área da saúde, a China é a que mais investe, com gasto de 5,4% do PIB. O Brasil aparece em segundo lugar com 5%, seguido por África do Sul (4%), Rússia (3,5%) e Índia (1,4%).
IDH
Se nos índices econômicos os Brics são destaque positivo, em rankings de qualidade de vida esses cinco países ainda têm muito o que avançar. No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não estão nem perto do topo da lista.
O mais bem colocado é a Rússia, em 49º lugar. O Brasil aparece em 79º, a China em 90º. A África do Sul ficou com a 119ª posição e a Índia em 131ª.
Gini
Outro problema comum entre os países que formam os Brics é a desigualdade. Para medir isso, o índice de Gini mostra a concentração de renda entre os cidadãos de cada país. As notas variam de 0 a 100, sendo que 0 representa a igualdade absoluta e 100 a desigualdade absoluta. Estimativa do Banco Mundial aponta que o país mais desigual do grupo é a África do Sul, com índice de 63. Em seguida, aparece o Brasil, com 51. China (42), Rússia (41) e Índia (35) encerram a lista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário