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IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE: Doutrina
Monroe
A Doutrina Monroe foi criada para defender os
Estados Unidos e posteriormente a América inteira contra o colonialismo
europeu.
A Doutrina Monroe emergiu após as relações entre os
Estados Unidos e a América Latina, que sempre foi marcada por certa tensão,
crescerem, a ponto de uma forte emigração continental se direcionar aos EUA.
Houve primeiro uma estranheza que os norte-americanos
sentiram ao vislumbrar uma América ibérica, mestiça e católica, tão diferente
de sua pátria anglo-saxônica e protestante.
A primeira iniciativa de estabelecer um contato
mais direto com a vasta América hispânica foi efetuada pela Doutrina Monroe, em
1823, onde o presidente estadunidense James Monroe reivindicou, para seu país,
a “posse” do Hemisfério Ocidental, deslegitimando qualquer pretensão imperial
europeia na região.
A Doutrina Monroe, inicialmente, fora elaborada
como uma medida de segurança a fim de proteger os Estados Unidos contra a
ameaça de uma invasão europeia em seu território, uma possibilidade real no
começo do século XIX.
Os Estados Unidos, sendo na época um país
periférico no sistema mundial, tinha por prioridade garantir sua defesa através
de uma política isolacionista em relação à Europa.
Com o tempo, os americanos expandiriam tal postura
pelo resto do continente americano, estabelecendo assim a sua hegemonia na
região.
A Doutrina Monroe possuía o lema “A América para os
americanos” e estava baseada em três princípios:
O continente americano não pode ser objeto de uma
recolonização;
É inadmissível a intervenção de qualquer país
europeu nos negócios internos ou externos de países americanos;
Os Estados Unidos, em troca, se absterão de
intervir nos negócios pertinentes aos países europeus.
Doutrina MonroeImagem: Reprodução
Washington passa então a apoiar movimentos de
independência que aconteciam com frequência na região, no intuito de atrair as
novas repúblicas para a sua órbita.
O xenofobia por trás da doutrina
É interessante notar que os norte-americanos nunca
viram os latino-americanos de maneira positiva.
Desde o século XIX, os habitantes do “México para
baixo” são tidos como irremediavelmente inferiores em todos os sentidos: subdesenvolvidos,
tornando-os alvo de intervenções culturais, religiosas, políticas, sociais e
econômicas.
Não é de hoje que estadistas e diplomatas
estadunidenses fazem descrições carregadas de racismo e estereótipos sobre os
latino americanos, deliberadamente desumanizando-os.
John Quincy Adams, sexto presidente
norte-americano, classificava os latino-americanos como: “vagabundos, sujos e
grosseiros, comparáveis a um bando de porcos”.
De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou
a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e
permitiu que os Estados Unidos continuassem a aumentar as suas fronteiras na
direção do Oeste.
Essa expansão no continente americano marcou o
início da política expansionista do país no continente
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